quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cientistas conseguem restaurar neurônio 'atrofiado' do autismo.

Cientistas da Universidade Brown, nos Estados Unidos, descobriram que a mutação de um gene, que é associado com alguns tipos de autismo em humanos, pode dificultar o crescimento e a conectividade de células cerebrais de camundongos.

O estudo publicado nesta quinta-feira (12) na revista especializada Neuron ressalta, ainda, que o grupo conseguiu restaurar o crescimento neuronal nas cobaias ao compensar o problema nos mecanismos moleculares que eles identificaram.


A NHE6 ajuda a regular a acidez do endossomo nas células. Essas organelas transportam o material das células e também degradam proteínas, até mesmo as que são necessárias para que os neurônios cresçam seus braços, os axônios e os dendritos, para formar as conexões dentro do cérebro.Essa mutação, que produz a proteína NHE6, está diretamente associada à síndrome de Christianson, um tipo raro e severo de autismo, mas os pesquisadores afirmam que esse gene pode estar ligado a casos mais comuns da doença."No autismo generalizado essa proteína é desregulada. Isso significa, para nós, que a regulação baixa de NHE6 é relevante para um subgrupo considerável de autismo", explica Eric Morrow, professor da Universidade que liderou a pesquisa.

A equipe constatou menos sinapses nos camundongos que tinham essa proteína desregulada, além de uma maior degradação de um receptor de proteína, responsável pelo BDNF (ou fator neurotrófico derivado do cérebro), que regula a sobrevivência neuronal e a plasticidade das conexões do sistema nervoso. Para reverter a falha genética, eles deram uma "carga extra" do BDNF, o que ajudou aumentou a ramificação dos neurônios mutantes, deixando-os com axônios e dendritos próximos aos de um neurônio normal. "Neste trabalho, nós mostramos que a sinalização da BDNF é atenuada em camundongos mutantes, mas não está bloqueada. Você pode resgatar [o crescimento neuronal] transformando essa sinalização", conclui o pesquisador.

Leia a matéria na íntegra: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/09/12/cientistas-conseguem-restaurar-neuronio-atrofiado-do-autismo.htm#fotoNav=30

Por Pedro Romani

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Lançamento do Primeiro Tratado Brasileiro de Neurologia

   Luiz Antonio de Lima Resende, professor titular de Neurologia na Faculdade de Medicina da Unesp, Câmpus de Botucatu, é um dos colaboradores do primeiro Tratado de Neurologia brasileiro, elaborado por renomados neurologistas do país.
   A obra será lançada no dia 27 de junho, no IX Congresso Paulista de Neurologia, Guarujá (SP), com coquetel de lançamento às 15h30 seguido de sessão de autógrafos com os autores.
   Publicação oficial da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o Tratado de Neurologia é a primeira obra nacional a apresentar todo o conteúdo referente à especialidade médica.
   A obra é adaptada à realidade brasileira e aborda mais profundamente, por exemplo, doenças infecciosas no sistema nervoso que têm incidência maior no Brasil e na América Latina.
   Cada capítulo é escrito por um especialista brasileiro de uma subárea da neurologia – médicos, pesquisadores e professores de renomadas instituições universitárias e de saúde do Brasil.
   A obra é editada por Joaquim Pereira Brasil Neto, Diretor Científico da ABN, e Osvaldo M. Takayanagui, Professor Titular do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP.
Fonte de consulta para médicos especializados em neurologia, o Tratado é voltado para residentes e profissionais recém-formados que buscam obter o título de especialista na área.
   Um dos destaques é o capítulo sobre Acidente Vascular Cerebral no Brasil, escrito por Dr. Norberto Cabral, que traz a pesquisa do neurologista sobre a existência de tipos de AVC isquêmicos mais prevalentes entre determinado grupo étnico ou área geográfica. O estudo trata, ainda, casos de Acidente Isquêmico Transitório em Joinville (SC) e foi realizado durante um intercâmbio do médico no Reino Unido, por meio de parceria entre a Associação Brasileira de Neurologia (ABN) e Associação Britânica de Neurologia.
   A troca de informações em nível internacional é, portanto, uma das bases do Tratado de Neurologia, que pretende transformar os saberes de várias partes do mundo em saberes da “comunidade neurológica”; além de estimular neurologistas e neurocientistas a estarem constantemente atentos aos avanços tecnológicos nas áreas de genética, imunologia e imagem, em benefício de mudanças importantes nas ciências neurológicas: da visão diagnosticista à fase da terapêutica medicamentosa e reabilitadora e, mais recentemente, da preventiva.


- Tratado de Neurologia (Editora Elsevier)
- Páginas: 896
- Preço: R$ 599
- E-book disponível a partir de julho nas lojas virtuais Kobo, Amazon, Google, iba, Cultura, Gato Sabido, Positivo, eBook Cult, entre outras.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Congressos de Neurologia - 2013


Obtenha nos links a seguir informações sobre grandes congressos de Neurologia e Neurocirurgia:


IX Congresso Brasileiro de Esclerose Múltipla – BCTRIMS 2013 – 12 a 15 de Junho – Foz do Iguaçu, PR

X Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica - 15 a 18 de Maio - João Pessoa, PB

VII Congresso Gaúcho de Neurologia e Neurocirurgia - 16 a 18 de Maio - Canela, RS

IX Congresso Paulista de Neurologia  – 26 a 29 de Junho – Guarujá, SP

XV Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia - 23 a 27 de Julho - Belém, PA

VI Congresso ANERJ - 15 a 17 de Agosto - Búzios, RJ

XXIV Congresso Brasileiro de Neurofisiologia Clínica  - 04  a 07 de Setembro, Rio de Janeiro, RJ

XXVII Congresso Brasileiro de Cefaleia - 10 a 12 de Outubro – Goiânia, GO

XIV Congresso Brasileiro de Sono – 21 a 24 Novembro– Rio de Janeiro, RJ 



Em breve atualizações sobre o funcionamento e projetos da Liga.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Exclusão social faz o cérebro adoecer

Cientistas brasileiros sugerem que pessoas com baixo nível de instrução e menores recursos financeiros são mais propensas a ter demência

Estudos desenvolvidos em centros de pesquisas de várias partes do mundo apontam o Alzheimer como a principal causa da perda progressiva das capacidades cognitivas entre os idosos, acometendo principalmente as mulheres. Agora, pesquisadores brasileiros do Departamento de Psicopatologia e Neurologia da Faculdade de Medicina de Catanduva realizaram um estudo para obter dados atualizados e mais próximos da realidade do país. Descobriram que por aqui pessoas mais pobres e com baixo nível de instrução têm mais risco de desenvolver a doença. O estudo foi publicado na Revista de Psiquiatria Clínica.


Para chegarem a essa conclusão, o neurologista Emilio Herrera Junior e sua equipe selecionaram aleatoriamente 1660 homens e mulheres, com 65 anos ou mais e aplicaram um questionário de identificação, sobre estado de saúde, memória e classificação socioeconômica. Também foram aplicados o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e o Questionário das Atividades Funcionais de Pfeffer et al. (QPAF).

Depois, os indivíduos selecionados foram submetidos a anamnese, bateria de testes neuropsicológicos e avaliação dos distúrbios comportamentais. Aqueles que tiveram alterações significativas de memória, passaram ainda por exame médico complementar para eliminar outras possíveis causas de declínio cognitivo.

Os pesquisadores descobriram que 7,1% das pessoas analisadas tinham algum tipo de demência, metade delas sofria de Alzheimer. Além disso, verificaram que pessoas analfabetas mostraram maior probabilidade de desenvolver a patologia, cerca de 11,8%, contra apenas 2% entre aquelas com oito ou mais anos de escolaridade. Também o nível socioeconômico parece influenciar: os participantes de classe social mais baixa mostraram 10,9% a mais de risco de desenvolver a síndrome demencial do que as mais favorecidas economicamente.


Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/exclusao_social_faz_o_cerebro_adoecer.html

Por Pedro Romani